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PORTFÓLIO O QUE A PANDEMIA REVELOU SOBRE A ATENÇÃO BÁSICA DO SUS

CURSO: GESTÃO HOSPITALAR

SEMESTRE: 3º E 4º

 

CLIQUE AQUI E VEJA A ORIENTAÇÃO COMPLETA

 

A presente proposta de Produção Textual Individual (PTI) terá como temática central “O que a pandemia revelou sobre a Atenção Básica do SUS”.

Tal temática foi escolhida a fim de possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos trabalhados nas disciplinas deste semestre. Na PTG, você deverá conhecer a Situação Geradora de Aprendizagem (SGA) para a realização das atividades previstas. Siga as orientações disponibilizadas neste manual, além de demais fontes de conteúdo complementares!

 

Situação Geradora de Aprendizagem (SGA)

Sai a primeira parte de uma vasta pesquisa da Fiocruz sobre o enfrentamento da covid pela Estratégia de Saúde da Família. Havia estrutura; tragédia nacional teria sido evitada se houvesse vontade política de proteger a população.

A essa altura, temos a ampla noção de que a pandemia de covid-19 expôs as fragilidades de sistemas de saúde em todo o mundo. Mas pesquisadores da Fiocruz no Rio de Janeiro e Ceará buscaram entender detalhadamente de que forma isso aconteceu no Brasil a partir da investigação de trabalhadores que integram a Estratégia de Saúde da Família (ESF). A primeira parte – chamada de “recorte inaugural” – da pesquisa nacional “Análise do Processo de Trabalho da ESF na Pandemia de Covid-19” foi divulgada há poucos dias. Nesta fase, foram analisados Ceará e Paraíba – estados do Nordeste com mais de 84% de cobertura da ESF – durante o segundo semestre de 2020.

Na análise e nos dados do estudo, chamam a atenção em especial dois elementos: as Equipes de Saúde da Família (eSF) foram reconhecidas como porta principal para os cuidados da covid-19 pelo SUS. Percebeu-se, inclusive, um aumento de seus usuários nos estados. Mas a falta de ação coordenada e a má gestão pelo ministério da Saúde deixaram os profissionais e as UBSs desamparados. Faltaram Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), testes e insumos para tratar a população. Além disso, ações e serviços de rotina foram interrompidos para dar atenção à covid – seja para tratar pacientes ou para evitar a propagação do vírus. Esse último fato continua a preocupar pesquisadores, pois pode ter grande influência na saúde atual da população.

A primeira preocupação que os pesquisadores relatam no artigo é a sobrecarga das eSF, que compromete gravemente seu trabalho. Segundo o texto, “19,37% integram equipes responsáveis por mais de 6 mil pessoas”. Este fato choca-se com o disposto na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), segundo a qual população atendida por cada equipe “deve ser de 2 mil a 3.500 pessoas”. Além disso, uma parcela considerável dos pesquisados (16,2%) respondeu não saber quantas pessoas sua equipe atende ou não haver esse registro. Isso, analisam os estudiosos, é sinal de fragilidade do sistema, que é pensado para agir diretamente nos territórios, “com relação interpessoal contínua entre paciente e cuidador, caracterizada por confiança e responsabilidade”. Tampouco houve capacitação ampla para as trabalhadoras, nessa fase que as surpreendeu. E a comunicação também esteve difícil: 43,2% relataram ter internet de qualidade regular, e 74% disseram trabalhar em unidades sem telefone.

É interessante analisar o perfil dos trabalhadores da saúde que participaram do projeto. O questionário foi feito através de formulário digital divulgado entre as equipes, e os pesquisadores selecionaram um total de 962 respostas representativas da realidade do Ceará e da Paraíba. O gênero feminino prevalece: 81,2% são mulheres entre 18 e 39 anos (61,9%). Embora a maior parte delas tenha vínculo de trabalho efetivo, 36,3% relataram estar em contrato temporário. Preponderam as Agentes Comunitárias de Saúde (29%), enfermeiras (26,6%), profissionais do Núcleo de Apoio da Saúde da Família (12,68%) e médicas (13,5%).

Por fim, os pesquisadores da Fiocruz concluem que é urgente fortalecer a ESF, porta de entrada de usuários no SUS. A população reconhece a estrutura já está estabelecida – faltou apenas vontade política para fortalecê-la durante a maior crise sanitária que o país já atravessou. Não custa lembrar que, nesse mesmo período, em Brasília, o governo negava a pandemia e o ministério da Saúde passou por três trocas de gestão – piorando gradativamente em cada uma delas. Segundo o estudo, a solução é colocar a Atenção Primária à Saúde no foco do planejamento – como preconiza o SUS. “Do contrário, ter-se-á como herança da covid-19 no Brasil o fortalecimento da hegemonia biomédica, médico-centrada, medicalizante e hospitalocêntrica. Equipes ‘preparadas, protegidas e equipadas’ fortalecem o vínculo longitudinal da ESF.”

 

SITUAÇÃO-PROBLEMA

Baseado na notícia descrita acima, produza um texto que aborde todos os tópicos mencionados a seguir.

Para isso, busque soluções para os problemas apresentados, mas, lembre-se de que TODOS os desafios propostos devem ser respondidos fazendo articulações com a SGA. Logo, é fundamental apresentar poder argumentativo e boa fundamentação das justificativas.

 

TAREFAS    

Etapa 01:

A vigilância em saúde tem por objetivo investigar e coletar dados a respeito da situação de saúde da população, subsidiando ações destinadas a controlar possíveis riscos e danos à saúde, garantindo- se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde. Uma das aéreas de atuação da vigilância em saúde é a vigilância epidemiológica, que é responsável pela coleta e processamento dos dados sobre a ocorrência de agravos e doenças, além de tantas outras funções. Dito isso, respondam:

1) Quais as atribuições da vigilância epidemiológica no contexto da pandemia de Covid-19?

Etapa 02:

Os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) orientam as características do modelo assistencial em saúde brasileiro. É um modelo guiado por um sistema lógico que busca a organização do funcionamento das Redes de Atenção à Saúde (RAS). Analisando este contexto, como pode ser classificado o modelo assistencial em saúde do Brasil e qual papel do Estado em relação aos serviços de saúde? Como o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) contribui no planejamento e na definição dos serviços que serão ofertados em determinada região?

Etapa 03:

Observe o seguinte trecho do artigo:

“Mais preocupante foi a ausência de testes de covid, nessa etapa da pandemia em que ainda não havia vacinas e a única maneira de prevenir a doença era com distanciamento e isolamento de pacientes. Os dados das UBSs do Ceará e da Paraíba são contundentes para explicar por que o Brasil chegou a ser o epicentro da pandemia durante 2021. O teste de RT-PCR, o mais eficiente para detectar covid, esteve ausente ou foi apenas raramente utilizado segundo 57,9% das trabalhadoras. O chamado teste rápido, de qualidade inferior, esteve mais presente, mas ainda assim faltou a 33,6% das entrevistadas.

Como se não bastasse, a própria estrutura das UBSs mostrou-se comprometida – começando pela disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde. Houve quantidade insuficiente de máscaras N95 (para 53,4% das respondentes) e cirúrgicas (24,5%), óculos de proteção (54,4%) e avental descartável (59,4%).

Portfólio O que a pandemia revelou sobre a Atenção Básica do SUS

R$ 49,90Preço

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